Beirute, 5 de outubro de 2024 – Um novo ataque aéreo de Israel no centro de Beirute resultou, esta quinta-feira, na morte de seis pessoas, à medida que as tensões na região continuam a escalar. Fontes locais indicam que os bombardeamentos tiveram como alvo áreas estratégicas da capital libanesa, com novas investidas previstas para o sul da cidade, onde se concentram forças do Hezbollah, grupo apoiado pelo Irão.
Paralelamente, a Faixa de Gaza continua a sofrer graves consequências da ofensiva israelita. Em Khan Younis, um ataque aéreo provocou mais de 50 mortos, somando-se ao número crescente de vítimas desde o início do conflito.
Crescimento do número de vítimas
O Ministério da Saúde da Palestina, controlado pelo Hamas, divulgou esta quarta-feira os números atualizados das baixas palestinianas desde o ataque do Hamas a território israelita, ocorrido a 7 de outubro de 2023. Segundo os dados, a ofensiva israelita já causou a morte de 41.788 palestinianos e deixou outros 96.794 feridos no último ano. Estes números refletem o impacto devastador que o conflito tem tido sobre a população civil em Gaza.
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Em Beirute, os recentes ataques de Israel ocorrem no contexto de uma escalada do confronto entre o exército israelita e o Hezbollah. Fontes militares israelitas indicam que as operações estão a ser conduzidas com o objetivo de enfraquecer a infraestrutura militar do grupo militante. Por outro lado, as autoridades libanesas condenaram os bombardeamentos, afirmando que as ações de Israel violam a soberania do país e contribuem para a instabilidade na região.
Nova incursão israelita no Líbano
A agência Reuters relatou que, na manhã desta quinta-feira, o Líbano enfrentou uma nova incursão israelita. De acordo com uma declaração do Hezbollah, as forças israelitas tentaram atravessar a fronteira através do “Portão de Fátima”, uma antiga passagem que conecta Israel ao Líbano. Ainda não foram divulgados mais detalhes sobre o incidente, mas a situação permanece tensa na região fronteiriça, com forças libanesas em alerta máximo.
O Hezbollah, grupo que desempenha um papel central na política e segurança do Líbano, tem respondido com ataques a Israel ao longo das últimas semanas, à medida que a situação no sul do Líbano se agrava. As trocas de fogo entre os dois lados têm aumentado o risco de um conflito de maiores proporções, que poderia envolver outros atores regionais.
Impacto global e reação internacional
A comunidade internacional tem acompanhado com crescente preocupação o desenrolar dos acontecimentos no Médio Oriente. Líderes globais, incluindo os das Nações Unidas e da União Europeia, têm apelado à moderação e ao diálogo, na esperança de evitar uma escalada ainda maior do conflito.
Entretanto, o número de mortos em Gaza continua a subir, com organizações de direitos humanos a denunciar a crise humanitária na região. Hospitais e infraestruturas civis têm sido gravemente afetados pelos ataques aéreos israelitas, deixando milhares de pessoas em condições extremamente precárias.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se de emergência na quarta-feira para discutir a situação, mas até agora não foram alcançadas conclusões concretas sobre um cessar-fogo ou medidas imediatas de intervenção. As tentativas diplomáticas para mediar um acordo entre as partes envolvidas no conflito têm encontrado dificuldades, devido à complexidade das alianças regionais e aos interesses divergentes dos atores internacionais.
A situação no Médio Oriente continua a deteriorar-se, com Israel a intensificar os seus ataques tanto no Líbano como em Gaza. À medida que o número de vítimas aumenta e as tensões se ampliam, o risco de um conflito regional de larga escala torna-se cada vez mais real. A comunidade internacional permanece em alerta, esperando que o diálogo prevaleça e que se consiga evitar uma escalada ainda maior da violência.